7 de maio de 2008

Cíclica

Acorda, corre, pressa

Muita pressa

Uma hora, duas horas

Pára, limpa o suor

Escorre, junto com idéias

Como sangue pela testa

Recomeça, corre, Pressa

Muita Pressa

Meia noite, uma hora, duas horas

Pára, não valeu de nada

A vontade continua estagnada

Desiste de pensar

Pára

Um dia pára de tentar

Há pessoas que andam

Muitas para nenhum lugar

Outras sonham

É provável Que não venham a alcançar

5 de maio de 2008

Despedida antes de chegar

Em meio a tanto sangue eu percebi que já havia chego minha hora. Pior que morrer é nem ter nascido, já disse uma vez algum espírito livre. A cada pá de terra me vem à lembrança a vida que nem tive, é como se arrepender de algo que nem foi feito. Enquanto discutem sobre o que o quanto eu iria sofrer, sobre meus temores e meus desacertos, esquecessem de mim e da vida que nem vou ter. Apenas justificativas, prerrogativas de suas próprias necessidades. Para não impedirem seus próprios sonhos me privam da chance de aprender a sonhar. E, ao me enterrarem, ficarei frio e sozinho no passado, pois nem tive um nome para que pudessem se lembrar.