15 de agosto de 2008

Umbigo

Agora eu entendo o silêncio
Escuto os sons
Ecoam com lábios fechados
Compreendo a cabeça baixa
Pés juntos e mãos postas
Até mesmo sei
Por que milhos cravados não doem
Por que as ondas na propagam
Depois dos baques duros
Sinto o aperto na boca do estomago
A falta de ar do golpe escuro
Na turva visão posso enxergar
A verdade tão clara
Quase cega
Mas torna-se límpida
Como a promessa
Do silêncio constante
Para que não tenham o prazer
De ver ou ouvir
Meu chorar, meu cantar
Meu viver, meu amar
Nunca sem sentidos
Sempre cheio do meu próprio sentido

13 de agosto de 2008

Com você, como você

Quando acordar
Sorria
O sorriso mais forte e sincero
O dia então será iluminado
Só depois me chame
Para que possa acordar de verdade
Deixarei de lado o inverno do meu coração
É sua felicidade
Que faz da minha vida
Um longo e radiante verão
Diante te tanta luz
O que resta é curvar-me
E agradecer a flor dos meus dias
Livra-me
Desta longa noite triste e fria
Onde pesadelos consomem sonhos
Quanto a realidade, bárbara,
Destrói minha poesia
Faz do meu o seu
Como um raio de sol
Esquente minha alegria