30 de janeiro de 2007

Oriundo de uma terra infértil e distante, localizada na mais profunda escuridão da consciência, está o ódio. Sentimento despertado pela insensatez e o descontrole, amarga quem sente e a quem é direcionado. Alguns preferem ignorá-lo, outros fazem dele combustível, e alguns, justificativa. Eu tento encará-lo, aceita-lo e, talvez, combatê-lo, pois, já que não me sinto do direito de alimentá-lo, escolho o contra ataque, quase sempre mal sucedido. Mas é preciso tentar. Evitar odiar, evitar que cresça no mundo a incompreensão dos erros. Mesmo perto continuo tentando porque, como eu, alguns outros tiveram esse sonho. O sonho da tolerância, entre as raças, entre as religiões, entre simples mortais. Sempre darei a outra face, em meu protesto pacífico, para que a humanidade perca o caminho da cidade encravada nas profundezas da primitividade, a cidade perdida onde habita o ódio. E Jesus disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

29 de janeiro de 2007

do absurdo

O grande senhor de porra nenhuma

De palavras belas, mas imundas

Absurdos e mais absurdos

Construídos em poemas sujos

Mal escritos, mal estruturados

Uma afronta a leis da gramática

Um grito de liberdade surdo

Para ninguém ver, para ser perdido

Sonhe com multidões se deslocando

E ganhe a inércia da expectativa

Tantos pensamentos só levam a um lugar

O anonimato desses pensamentos evolucionários

O senhor de porra nenhuma

Do castelo de idéias que desmorona

Quando a onda de realidade

Bate na areia desse pensamento absurdo

Quando o vento da hipocrisia

Sopra para longe a as folhas de ideologia

Sou eu o senhor de porra nenhuma

O senhor da poesia e do absurdo

Sou eu, indicado por deus

O poeta do absurdo

espera

Inconsciente olho para os lados

Espero um novo arrepio

Que percorra toa minha espinha

Tire-me do sério

Deixe-me cego

Faça-me suspirar

A noite vai longe

E entre calafrios

Ainda espero

Esse novo de sopro

Que faça germinar

Rosas nesse jardim de espinhos

Ainda espero

Mas sei onde encontrar

Ainda espero

Já não preciso procurar

Só preciso paciência

Nos ventos de amanhã

O que espero vai chegar

28 de janeiro de 2007

dúvida, duvida?

É tanta informação

E quanta indagação

O que vai ser?

Para quem vai ser?

Com quem vai ser?

Onde vai ser?

Porque vai ser?

Chega!

Não quero mais pensar

Prefiro deixar acontecer

No tempo certo

No rumo certo

Cada resposta

A gente vai entender