A fila já vai longe. Continuo esperando minha vez. Passam um, dois, três.... Opa! Agora vai. Não acredito, caiu o sistema, vixe, quanto tempo pra voltar? Meia hora, hora inteira... Voltou, é agora. Caralho! (desculpem). Cliente preferencial é o cacete (escapou de novo). Bom, agora com certeza é minha vez. Desculpe senhor (que voz fria, lá vem), o expediente foi encerrado por hoje (sabia, mais uma vez), guarde suas preces e seus pedidos. Em uma próxima o reino dos céus terá o prazer de atendê-lo (já escutei isso antes). Depois ainda perguntam por que deus está perdendo tantos clientes, pior que isso só o Bradesco. Aliás, isso vale tanto pra deus quanto para o Bradesco, esqueçam-me, vou guardar meu dinheiro e minha alma debaixo do colchão. Sei que vai desvalorizar, e pode até não valer nada depois, mas quer saber, já não vale muito agora mesmo. Pelo menos não preciso acreditar em promessas e me acostumo, a infelicidade e a pobreza fazem parte da minha condição.