7 de novembro de 2014

Até o caraço

É sabido e conhecido
Todo dia morremos um pouco
Uns dias menos outros mais
Alguns dias até o osso

No meio de cada dia, pausa no decompor
Alguns chamam de almoço
De volta a putrefação
Produto do tempo e da alienação

Trabalho extremo e penoso
Apodrecer em pequenos pedaços
Não contentes com tal condição
Nos cobramos por pequenos pecados

Um certo dia, nem mais osso
Também não falo e nem ouço
Por fim, só o pó
A falta de vida não tem dó