19 de fevereiro de 2009

Prática

De noite
Comer os restos de mim mesmo
A fim de ter só para mim
O que durante o dia sempre foi só meu
Pela manhã
Regurgitar os restos embolados
Na esperança de encontrar o eu
Que já não é mais meu, nem eu
De novo o dia
Digerindo como vermes no esterco
O bagaço disforme
Que outrora teve um nome
Nome este que chamaram a mim