22 de dezembro de 2016

PIB

não deveria, mas amor também é dor não poderia, mas dor é matéria prima
(ardor de rima)
vertigem de quem imagina produto interno bruto imaginação, amor e dor imaginador

30 de novembro de 2016

Morte

Morte Questão de vida ou sorte De alguns tragédia De outros moléstia Mas não muda É morte
Morte Sentimento sempre forte Centenas em um avião Ou sozinho na multidão Não, não muda É morte
Morte Do futuro, nora de corte Tem vários pesos, várias medidas Muito choro, por vezes, alegria comedida Porém, não muda É morte
Morte No fim, único norte 111 no Carandirú Da família, mais um Não importa, não muda É morte

1 de novembro de 2016

chuva

tão linda quando grossa quando fina seu cheiro suave de terra limpa


31 de agosto de 2016

A quem enganam?
Ora, aos que querem se enganar
E quem são?
Aqueles que precisam de alguém para culpar
Culpar pelo que?
Por sua convivência
Afinal, são coniventes com o que?
Com a mentira, com a farsa
Bom, e qual a farsa?
Aquela com a qual os enganam
Aos que querem se enganar?
Sim, aqueles que nunca param para observar.
E não podem absorver?
Nem compreender.
Muito menos se libertar?
Porque preferem...
Se deixar enganar.

24 de agosto de 2016

ia e vinha
sempre sobrevivia
depois, jazia

#haicai

22 de agosto de 2016

Não entendo dor
Nem tenho o respeito
Sou preconceito
troquei ânsia
pela azia fria,
dia a dia.
- O que seria?
- Qualquer coisa? Hum, fácil...
Sempre poesia
seja crítico.
vai doer, muito, pra valer
mas, te faz, crescer.
Lá fora, frio
Primavera nos dentes
No peito, verão

3 de junho de 2016

expectador

Seremos, todos,
Sereno expectador?
Aquele que só
Espera
A dor

Ardor

18 de abril de 2016

Quando o amanhã
Já não sorria,
Lancei um traço.
Um verso em laço.
Só uma virgula,
Depois de tamanha hipocrisia.
Para dar tchau querida,
Querida democracia.
Ainda que distante,
Haverá um levante.
Por hora, a cólera,
Se faz em poesia.
Ponto final da liberdade,
Para sempre tardia.

11 de fevereiro de 2016

Mulheres de Plástico

Mulheres de plástico Cortam e costuram corpos ávidos Manifestam intelecto flácido Exercitam o machismo tácito
Mulheres de elástico Esticam os seios Encolhem-se em preconceitos Se desfazem em feridas
Mulheres de plástico Para novos velhos sádicos