22 de dezembro de 2006

Os ossos (ou os restos)

Mesmo vazio o espaço guarda restos, restos não sei bem de que, restos que apodrecem e, muitas vez, nem enterrados descansam em paz. Deveriam servir de adubo para as novas coisas, seriam a experiência do nosso solo, mas não servem. Na verdade parecem lixo, poluem a alma, a vida. Meus restos, teus restos. Não iremos exumar os corpos que deram origem a esses restos, o que precisamos é abrir a gaveta onde estão depositados os ossos, crema-los, pulverizar suas cinzas sobre o presente, para que no futuro esses restos sejam passado.

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