29 de abril de 2008

Furazóio

Hoje acordei meio indisposto, lavei o rosto, deitei novamente e dali a um pouco levantei, como uma sensação incrível de que mesmo de pé ainda dormia. Esse sono eternamente forçado dos olhos que não querem estar acordados. De repente algo no rádio: ”wake up!”. Meu corpo responde: “for what?”. Seria realmente bom se nada pudesse ser visto mais, um mundo de uma cegueira cansada de um stress estrábico. Sim existem coisas lindas, mas anjos caindo do céu assistidos quase em “real time”, doces vidas azedadas por décadas , filhos de ejaculação precoce eliminados num genocídio silencioso como a falta de visão. “For what?”. Mais tarde, deitei, agora eternamente. Não preciso enxergar mais nada. Das belezas tenho saudades porém, todas as maldades, meus olhos sabem de cor.

Nenhum comentário: