15 de agosto de 2008

Umbigo

Agora eu entendo o silêncio
Escuto os sons
Ecoam com lábios fechados
Compreendo a cabeça baixa
Pés juntos e mãos postas
Até mesmo sei
Por que milhos cravados não doem
Por que as ondas na propagam
Depois dos baques duros
Sinto o aperto na boca do estomago
A falta de ar do golpe escuro
Na turva visão posso enxergar
A verdade tão clara
Quase cega
Mas torna-se límpida
Como a promessa
Do silêncio constante
Para que não tenham o prazer
De ver ou ouvir
Meu chorar, meu cantar
Meu viver, meu amar
Nunca sem sentidos
Sempre cheio do meu próprio sentido

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