Hoje saio com os primeiros raios de sol, assim espero, ou com as primeiras gotas de chuva. Sinto-me meio como aquele poeta, do qual gosto tanto. Guardadas as devidas proporções, entendo hoje toda sua falta de rumo, e se não tenho toda aquela coragem pintada em azul e branco, tenho a mancha vermelha viva que pulsa no meio do peito. No pulsar do pistão do motor da única coisa que me restou vejo a euforia da solidão, olho para o caos da construção onde estou e percebo o vazio habitado por saudades, esperança, uma barata e algumas formigas. A fumaça e o atrito das rodas deve deixar pra trás tudo que não quero lembrar, e o que não quero pensar. No ciclo da circunferência de
2 de janeiro de 2007
Estrada
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