30 de janeiro de 2007

Oriundo de uma terra infértil e distante, localizada na mais profunda escuridão da consciência, está o ódio. Sentimento despertado pela insensatez e o descontrole, amarga quem sente e a quem é direcionado. Alguns preferem ignorá-lo, outros fazem dele combustível, e alguns, justificativa. Eu tento encará-lo, aceita-lo e, talvez, combatê-lo, pois, já que não me sinto do direito de alimentá-lo, escolho o contra ataque, quase sempre mal sucedido. Mas é preciso tentar. Evitar odiar, evitar que cresça no mundo a incompreensão dos erros. Mesmo perto continuo tentando porque, como eu, alguns outros tiveram esse sonho. O sonho da tolerância, entre as raças, entre as religiões, entre simples mortais. Sempre darei a outra face, em meu protesto pacífico, para que a humanidade perca o caminho da cidade encravada nas profundezas da primitividade, a cidade perdida onde habita o ódio. E Jesus disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

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