16 de maio de 2008

Oração ao fim de tudo

Que os dias passem

E eu possa me calar

A cada segundo

Menus um palpitar

Cego, surdo, mudo

Sem prosa, verso ou resposta

Que o mundo também se cale

E eu possa descansar

Findo todo absurdo

Sem poesia, sem cantar nem encantar

Que vida encerre

Eu possa acabar

Por toda eternidade

Sem sentir, sem pensar

Só resta pesar

Em som oco e fúnebre

Por tentar e tentar e tentar

Que me perdoe

Despeço-me

Cansei de azar

Um comentário:

Anônimo disse...

Que se façam os dias em que tudo finde,
que tudo passe, que a mente descanse,
que a sobriedade venha como cancer, que a satisfação se perca na utopia
moderna, mas que se façam os dias em que tudo finde, para que não fique dúvidas de onde está o poéta, que suas palavras sejam como seta e atijam em sua reta a tua testa.
Esse é o Lucaz, poéta, Sadam com suas bombas de criatividade

Abraços: Barba