Que os dias passem
E eu possa me calar
A cada segundo
Menus um palpitar
Cego, surdo, mudo
Sem prosa, verso ou resposta
Que o mundo também se cale
E eu possa descansar
Findo todo absurdo
Sem poesia, sem cantar nem encantar
Que vida encerre
Eu possa acabar
Por toda eternidade
Sem sentir, sem pensar
Só resta pesar
Em som oco e fúnebre
Por tentar e tentar e tentar
Que me perdoe
Despeço-me
Cansei de azar
Um comentário:
Que se façam os dias em que tudo finde,
que tudo passe, que a mente descanse,
que a sobriedade venha como cancer, que a satisfação se perca na utopia
moderna, mas que se façam os dias em que tudo finde, para que não fique dúvidas de onde está o poéta, que suas palavras sejam como seta e atijam em sua reta a tua testa.
Esse é o Lucaz, poéta, Sadam com suas bombas de criatividade
Abraços: Barba
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