25 de janeiro de 2007

epidemia de cura

Repito aos quatro ventos

Quanto difíceis são meus movimentos

Calcular, programar, aplicar

Não faz parte de mim esse estratagema

A perspicácia de antecipar

Logo só me resta arriscar

Jogar no lado lúdico da vida

E quando perco

Litros de álcool para a assepsia das feridas

Queimo com a ponta do cigarro

As que teimam em não coagular

Mas já virou gangrena

A dificuldade que tenho

Em não mais errar

Com mais uma baforada de fumaça

E a dor aguda da feriada queimada

Juro pensar antes de falar

Planejar antes de agir

Mas quanto grito ao quinto vento

Injurias sobre mim mesmo

Já começo de novo

A soltar meu pensamento

E rápido como o sexto vento

Que só para mim faz sentido

A mente faz o corpo borbulhar

E junto com desafios

Espero novas feridas

Que marcam de fundas cicatrizes minha vida

Algumas vermelhas quelóides

Outras riscos claros

De coisas que nem lembro mais

Um comentário:

Anônimo disse...

Feridas cicatrizam!